A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa,
não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania,
de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
É primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não
o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.
não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania,
de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
É primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não
o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.
O que é?
É uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele
e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas
de flebotomíneos infectadas.
e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas
de flebotomíneos infectadas.
Qual o microrganismo envolvido?
É causada por protozoários do gênero Leishmania. Há, no Brasil,
sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LTA,
sendo as mais importantes: Leishmania (Leishmania) amazonensis,
L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis.
Quais os sintomas?
As lesões podem ocorrer na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem
ser única, múltiplas, disseminada ou difusa.
Apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso,
geralmente indolor. As lesões mucosas são mais freqüentes no nariz,
boca e garganta. Quando atingem o nariz podem ocorrer entupimentos,
sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas.
Na garganta, dor ao engolir, rouquidão e tosse.
Como se transmite?
A transmissão ocorre pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas.
Como tratar?
O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença.
O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base
de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de primeira escolha
para tratamento de casos de LTA é o antimoniato de N-metil glucamina.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dose do Glucantime®
deve ser calculada em mg/Sb+5/Kg/dia, Sb+5, significando antimônio
pentavalente. Para as lesões cutâneas, o esquema de tratamento é
de 15 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias e para cutânea difusa
o tratamento é de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias.
Para as lesões mucosas, é recomendada a dose
de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 30 dias.
Outras opções terapêuticas disponíveis nos serviços de saúde são:
isotionato de pentamidina e anfotericina B.
Como se prevenir?
O Ministério da Saúde recomenda ações dirigidas à:
- População humana: medidas de proteção individual, tais como usar
repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor
(crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa
ser encontrado;
repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor
(crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa
ser encontrado;
- vetor: manejo ambiental, através da limpeza de quintais e terrenos,
a fim de alterar as condições do meio, que propiciem o estabelecimento
de criadouros para formas imaturas do vetor;
a fim de alterar as condições do meio, que propiciem o estabelecimento
de criadouros para formas imaturas do vetor;
- atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os
serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle da LTA, r
equerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e
multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades
de prestação de serviços.
serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle da LTA, r
equerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e
multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades
de prestação de serviços.
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O FENÔMENO DA URBANIZAÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL
A Leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar e
febre negra, é a forma mais severa de leishmaniose. É o segundo maior
assassino parasitário no mundo, depois da malária, responsável de uma
estimativa de 60 000 que morrem da doença cada ano entre milhões de
infecções mundiais.
O parasita migra para os órgãos viscerais como fígado, baço e
medula óssea e, se deixado sem tratamento, quase sempre resultará na
morte do anfitrião mamífero.
Sinais e sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço
significativo do fígado e baço. De preocupação particular, de acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o problema emergente
da co-infecção HIV/LV.
febre negra, é a forma mais severa de leishmaniose. É o segundo maior
assassino parasitário no mundo, depois da malária, responsável de uma
estimativa de 60 000 que morrem da doença cada ano entre milhões de
infecções mundiais.
O parasita migra para os órgãos viscerais como fígado, baço e
medula óssea e, se deixado sem tratamento, quase sempre resultará na
morte do anfitrião mamífero.
Sinais e sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço
significativo do fígado e baço. De preocupação particular, de acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), é o problema emergente
da co-infecção HIV/LV.
O processo de urbanização da leishmaniose visceral no Brasil foi tema de
uma das mesas-redondas mais concorridas do MedTrop 2011.
Com o auditório praticamente lotado, foram discutidos os fatores que
fazem com que a leishmaniose visceral (LV) seja uma das doenças sobre
a qual mais pesquisadores vêm se debruçando.
uma das mesas-redondas mais concorridas do MedTrop 2011.
Com o auditório praticamente lotado, foram discutidos os fatores que
fazem com que a leishmaniose visceral (LV) seja uma das doenças sobre
a qual mais pesquisadores vêm se debruçando.
Michella Paula Cechinell, técnica da SVS/MS, fez uma ampla retrospectiva
da doença no mundo na apresentação ‘Urbanização da leishmaniose visceral
em áreas urbanas no Brasil’. Ela chamou a atenção para a necessidade de
ações de combate ao vetor da doença, o flebotomíneo,
também conhecido como mosquito-palha.
da doença no mundo na apresentação ‘Urbanização da leishmaniose visceral
em áreas urbanas no Brasil’. Ela chamou a atenção para a necessidade de
ações de combate ao vetor da doença, o flebotomíneo,
também conhecido como mosquito-palha.
A leishmaniose é uma doença grave e que, quando não tratada
em tempo hábil, pode levar ao óbito cerca de 90% dos infectados.
No mundo ocorrem, segundo a técnica, cerca de 50 mil mortes por ano
causadas pela LV, presente em 76 países.
em tempo hábil, pode levar ao óbito cerca de 90% dos infectados.
No mundo ocorrem, segundo a técnica, cerca de 50 mil mortes por ano
causadas pela LV, presente em 76 países.
Para a pesquisadora, 70% dos casos da doença ocorrem em
população urbana. Com o êxodo das áreas rurais, explica Michella,
em busca de oportunidades nos grandes centros urbanos,
as pessoas tendem a reproduzir o ambiente rural
em pequenas ilhas verdes, o que facilita a proliferação,
dada a proximidade e a alta concentração de fatores propícios ao
desenvolvimento de vetores e hospedeiros, com ênfase na
criação de cães e galinhas nos quintais das casas.
população urbana. Com o êxodo das áreas rurais, explica Michella,
em busca de oportunidades nos grandes centros urbanos,
as pessoas tendem a reproduzir o ambiente rural
em pequenas ilhas verdes, o que facilita a proliferação,
dada a proximidade e a alta concentração de fatores propícios ao
desenvolvimento de vetores e hospedeiros, com ênfase na
criação de cães e galinhas nos quintais das casas.
A co-infecção entre leishmaniose visceral e HIV também foi abordada.
Esta co-infecção é uma das maiores preocupações atuais de
epidemiologistas e profissionais de saúde que atendem pacientes
portadores de HIV, tendo em vista a dificuldade de tratamento destes casos.
Esta co-infecção é uma das maiores preocupações atuais de
epidemiologistas e profissionais de saúde que atendem pacientes
portadores de HIV, tendo em vista a dificuldade de tratamento destes casos.
No Brasil, são registrados cerca de 4.500 novos casos por ano.
Cerca de 5% dos portadores de LV apresentam HIV. No caso do HIV,
além da urbanização da leishmaniose, contribuiu também um processo
inverso: a interiorização do HIV. Segundo Michella, o processo de
urbanização da LV se deu de forma gradativa e ficou evidente com a ocorrência
de surtos em grandes centros urbanos.
Cerca de 5% dos portadores de LV apresentam HIV. No caso do HIV,
além da urbanização da leishmaniose, contribuiu também um processo
inverso: a interiorização do HIV. Segundo Michella, o processo de
urbanização da LV se deu de forma gradativa e ficou evidente com a ocorrência
de surtos em grandes centros urbanos.
Leishmaniose Visceral Canina
A leishmaniose visceral é uma doença grave de curso lento, de difícil diagnóstico e de fácil transmissão, tanto para os cães quanto para os
humanos. É causada pelo protozoário Leishmania, transmitido pela picada
de flebótomos (insetos)infectados. O cão é considerado o principal reservatório
da doença no meio urbano, mas não o único, já que animais silvestres e
mesmo o homem podem atuar como reservatórios.
Leishmaniose cutânea
Leishmaniose cutânea é a forma mais comum de leishmaniose.
É uma onfecção de pele causada por um parasita unicelular pelo que é
transmitida pelas picadas da mosca de areia. Há aproximadamente 20
espécies de Leishimania que podem causar leishmanioses cutâneas.
É uma onfecção de pele causada por um parasita unicelular pelo que é
transmitida pelas picadas da mosca de areia. Há aproximadamente 20
espécies de Leishimania que podem causar leishmanioses cutâneas.
Leishmaniose mucocutânea
Leishmaniose mucocutânea é a mais temida forma de leishmaniose
cutânea porque produz as lesões destrutivas, assim desfigurando a face.
É causada freqüentemente por Leishmania (Viannia) braziliensis,
mas são descritos raramente casos provocados por L. aethiopica.
O tratamento para a leishmaniose mucocutânea é a combinação de
pentoxifilina e um antimônio pentavalente em dosagens altas durante 30 dias:
isto alcança taxas de cura de 90%. Tratamento só com antimônio pentavalente
não cura 42% dos pacientes, até mesmo naqueles que alcançam
uma cura aparente, 19% recairá.
pentoxifilina e um antimônio pentavalente em dosagens altas durante 30 dias:
isto alcança taxas de cura de 90%. Tratamento só com antimônio pentavalente
não cura 42% dos pacientes, até mesmo naqueles que alcançam
uma cura aparente, 19% recairá.
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