terça-feira, 27 de agosto de 2013

LEISHMANIOSE


A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa, 
não contagiosa, causada por protozoário do gênero Leishmania, 
de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas. 
É primariamente uma infecção zoonótica que afeta outros animais que não 
o homem, o qual pode ser envolvido secundariamente.

O que é?
É uma doença infecciosa, não contagiosa, que provoca úlceras na pele 
e mucosas. É transmitida ao homem pela picada das fêmeas 
de flebotomíneos infectadas.

Qual o microrganismo envolvido?
É causada por protozoários do gênero Leishmania. Há, no Brasil, 

sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LTA, 
sendo as mais importantes: Leishmania (Leishmania) amazonensis, 
L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis.

Quais os sintomas?

As lesões podem ocorrer na pele e/ou mucosas. 
As lesões de pele podem 
ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. 
Apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, 
geralmente indolor. As lesões mucosas são mais freqüentes no nariz, 
boca e garganta. Quando atingem o nariz podem ocorrer entupimentos, 
sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas. 
Na garganta, dor ao engolir, rouquidão e tosse.

Como se transmite?

A transmissão ocorre pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas.

Como tratar?

O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença. 

O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos a base 
de antimônio, repouso e uma boa alimentação. A droga de primeira escolha 
para tratamento de casos de LTA é o antimoniato de N-metil glucamina. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a dose do Glucantime® 
deve ser calculada em mg/Sb+5/Kg/dia, Sb+5, significando antimônio 
pentavalente. Para as lesões cutâneas, o esquema de tratamento é 
de 15 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias e para cutânea difusa 
o tratamento é de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 20 dias. 
Para as lesões mucosas, é recomendada a dose 
de 20 mg/Sb+5/Kg/dia por um período de 30 dias. 
Outras opções terapêuticas disponíveis nos serviços de saúde são: 
isotionato de pentamidina e anfotericina B.

Como se prevenir?
O Ministério da Saúde recomenda ações dirigidas à:
- População humana: medidas de proteção individual, tais como usar 
repelentes e evitar a exposição nos horários de atividades do vetor 
(crepúsculo e noite) em ambientes onde este habitualmente possa 
ser encontrado; 

- vetor: manejo ambiental, através da limpeza de quintais e terrenos, 
a fim de alterar as condições do meio, que propiciem o estabelecimento 
de criadouros para formas imaturas do vetor;

- atividades de educação em saúde: devem ser inseridas em todos os 
serviços que desenvolvam as ações de vigilância e controle da LTA, r
equerendo o envolvimento efetivo das equipes multiprofissionais e 
multiinstitucionais com vistas ao trabalho articulado nas diferentes unidades 
de prestação de serviços.

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O FENÔMENO DA URBANIZAÇÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL
A Leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar e 
febre negra, é a forma mais severa de leishmaniose. É o segundo maior 
assassino parasitário no mundo, depois da malária, responsável de uma 
estimativa de 60 000 que morrem da doença cada ano entre milhões de 
infecções mundiais. 

O parasita migra para os órgãos viscerais como fígado, baço e 
medula óssea e, se deixado sem tratamento, quase sempre resultará na 
morte do anfitrião mamífero. 

Sinais e sintomas incluem febre, perda de peso, anemia e inchaço 
significativo do fígado e baço. De preocupação particular, de acordo com 
Organização Mundial da Saúde (OMS), é o problema emergente 
da co-infecção HIV/LV.

O processo de urbanização da leishmaniose visceral no Brasil foi tema de 
uma das mesas-redondas mais concorridas do MedTrop 2011. 
Com o auditório praticamente lotado, foram discutidos os fatores que 
fazem com que a leishmaniose visceral (LV) seja uma das doenças sobre 
qual mais pesquisadores vêm se debruçando.

Michella Paula Cechinell, técnica da SVS/MS, fez uma ampla retrospectiva 
da doença no mundo na apresentação ‘Urbanização da leishmaniose visceral 
em  áreas urbanas no Brasil’. Ela chamou a atenção para a necessidade de 
ações de combate ao vetor da doença, o flebotomíneo, 
também conhecido como mosquito-palha.

A leishmaniose é uma doença grave e que, quando não tratada 
em tempo hábil, pode levar ao óbito cerca de 90% dos infectados. 
No mundo ocorrem, segundo a técnica, cerca de 50 mil mortes por ano 
causadas pela LV, presente em 76 países.

Para a pesquisadora, 70% dos casos da doença ocorrem em 
população urbana. Com o êxodo das áreas rurais, explica Michella, 
em busca de oportunidades nos grandes centros urbanos, 
as pessoas tendem a reproduzir o ambiente rural 
em pequenas ilhas verdes, o que facilita a proliferação, 
dada a proximidade e a alta concentração de fatores propícios ao 
desenvolvimento de vetores e hospedeiros, com ênfase na 
criação de cães e galinhas nos quintais das casas.

A co-infecção entre leishmaniose visceral e HIV também foi abordada. 
Esta co-infecção é uma das maiores preocupações atuais de 
epidemiologistas e profissionais de saúde que atendem pacientes 
portadores de HIV, tendo em vista a dificuldade de tratamento destes casos. 

No Brasil, são registrados cerca de 4.500 novos casos por ano.  
Cerca de 5%  dos portadores de LV apresentam HIV. No caso do HIV, 
além da urbanização da leishmaniose, contribuiu também um processo 
inverso: a interiorização do HIV. Segundo Michella, o processo de 
urbanização da LV se deu de forma gradativa e ficou evidente com a ocorrência 
de surtos em grandes centros urbanos.

Leishmaniose Visceral Canina
A leishmaniose visceral é uma doença grave de curso lento, de difícil 
diagnóstico de fácil transmissão, tanto para os cães quanto para os 
humanos. É causada pelo protozoário Leishmania, transmitido pela picada 
de flebótomos (insetos)infectados. O cão é considerado o principal reservatório 
da doença no meio urbano, mas não o único, já que animais silvestres e 
mesmo o homem podem atuar como reservatórios.



Leishmaniose cutânea
Leishmaniose cutânea é a forma mais comum de leishmaniose. 
É uma onfecção de pele causada por um parasita unicelular pelo que é 
transmitida pelas picadas da mosca de areia. Há aproximadamente 20 
espécies de Leishimania que podem causar leishmanioses cutâneas.



Leishmaniose mucocutânea                                                                                    
Leishmaniose mucocutânea é a mais temida forma de leishmaniose 
cutânea porque produz as lesões destrutivas, assim desfigurando a face. 
É causada freqüentemente por Leishmania (Viannia) braziliensis
mas são descritos raramente casos provocados por L. aethiopica.


O tratamento para a leishmaniose mucocutânea é a combinação de 
pentoxifilina e um antimônio pentavalente em dosagens altas durante 30 dias: 
isto alcança taxas de cura de 90%. Tratamento só com antimônio pentavalente 
não cura 42% dos pacientes, até mesmo naqueles que alcançam 
uma cura aparente, 19% recairá.

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