segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Assim
como as mulheres, que sofrem com a redução da produção dos hormônios estrogênio
e progesterona a partir dos 50 anos, os homens precisam ficar atentos aos
sintomas da andropausa. O termo é uma analogia à menopausa feminina e designa a
queda do nível de testosterona no organismo masculino.
O
quadro, no entanto, é mais difícil de ser identificado e está longe de ser um
consenso entre os médicos. “Ainda há dúvidas sobre os reais efeitos da redução
de testosterona no organismo”, afirma o psiquiatra da Unidade Intermediária de
Crise e Apoio à Vida Alessandro Rodrigo Mendes Marques.
Diferentemente
do que ocorre com as mulheres, que têm o seu ciclo reprodutivo interrompido em
definitivo na menopausa, nos homens a produção de hormônios não para. “Apesar
de menos férteis, eles continuam capazes de ter filhos até cerca de 90 anos”,
explica o urologista Rogério de Fraga, do Hospital Marcelino Champagnat.
Outra
característica da andropausa é que a diminuição dos hormônios não
necessariamente altera a rotina do indivíduo – 15% deles sofrem os efeitos, a
partir dos 50 anos, índice que aumenta para 20% a partir dos 70.
SINAIS
LENTOS
Os
sintomas também não aparecem nem de repente, nem com grande intensidade, como
na menopausa. Pelo contrário, surgem paulatinamente, retardando a procura pelo
médico e, muitas vezes, confundindo o diagnóstico. Os mais comuns são a
diminuição da atividade sexual, cansaço, depressão, irritabilidade, insônia e,
em alguns casos, déficit de memória, osteoporose e fogachos, como ocorrem nas
mulheres em menopausa.
ANDROPAUSA
É o
termo que designa a redução da produção de testosterona. O termo vem do latim
(andro: homem e pausa: parada). Atinge a população masculina, em regra, a
partir dos 50 anos, mas estima-se que apenas 15% sofram com os seus efeitos,
índice que aumenta para 20% a partir dos 70 anos.
TESTOSTERONA
A
partir dos 50 anos – ou antes, caso surjam sintomas – é importante monitorar
sistematicamente a quantidade de testosterona. A medição é feita com um exame
simples de sangue. São tidas como baixas as taxas menores que 300 ng/dL
(nanogramas por decilitro). As especialidades indicadas para fazer o
diagnóstico são a urologia ou a endocrinologia. Todo homem deve ir ao
urologista pelo menos uma vez por ano a partir desta idade.
HOMENS
AINDA RESISTEM EM IR AO MÉDICO
Segundo
os especialistas, a busca por tratamento para a andropausa aumentou
consideravelmente nos últimos anos. “Os homens desta geração têm uma
preocupação maior com a saúde”, analisa Rogério de Fraga, do Hospital Marcelino
Champagnat. Além disso, a diminuição da testosterona pode afetar não apenas a
vitalidade sexual, mas também o comportamento, com redução da competitividade
no trabalho e em outras situações do dia a dia.