Bebês e crianças menores de dois anos são muito
frágeis e precisam de atenção redobrada quando sofrem algum tipo de acidente.
Os pais também devem ficar atentos a algumas reações tomadas quando, por algum
tipo de irritabilidade ou choro excessivo do bebê, acabam sacudindo a criança
de forma mais brusca, possibilitando o desenvolvimento da Síndrome do Bebê
Sacudido.
O termo descreve uma série de sinais e sintomas que ocorrem quando a
criança é sustentada pelas extremidades ou pelos ombros e é chacoalhada de
forma mais severa. A consequência: danos cerebrais que, em alguns casos,
podem ser irreversíveis.
O termo descreve uma série de sinais e sintomas que ocorrem quando a
criança é sustentada pelas extremidades ou pelos ombros e é chacoalhada de
forma mais severa. A consequência: danos cerebrais que, em alguns casos,
podem ser irreversíveis.
A pediatra Kátia Soares, do Grupo Hospitalar
Conceição, vinculado ao Ministério da Saúde, explica os perigos que a Síndrome
do Bebê Sacudido pode ocasionar: “A cabecinha da criança é proporcionalmente
maior e mais pesada que o restante do corpo e os ligamentos do pescoço são mais
fracos, então o movimento de ir pra frente e pra trás pode romper os vasos e
lesionar o cérebro do bebê”. Os danos vão desde irritabilidade, dificuldade
para ficar acordado, vômito, a até convulsões, coma, cegueira – já que o
chacoalho pode causar sangramento na retina, podendo ocasionar problemas visuais
– e,
A Síndrome é diagnosticada quando a criança chega
à emergência do hospital,
para atendimento em função de algum dos sintomas
listados acima
e quando o profissional de saúde vai investigar o motivo do
problema
pode-se chegar à esta conclusão. “Muitas vezes o problema está
associado
à questão de maus tratos, mas não obrigatoriamente”, esclarece Kátia
Soares.
A médica também alerta que, em geral, as famílias demoram a procurar
o
atendimento médico, por acharem que o mal estar da criança pode ser
passageiro.
“Quanto menor a idade da criança, maiores são as lesões e
as consequências das
lesões”, enfatiza. Profissionais de Saúde – Quem
trabalha nas
emergências hospitalares deve estar alerta para esta situação.
A pediatra reforça a importância da atenção dos profissionais para considerarem a possibilidade da Síndrome do Bebê Sacudido. “A criança sempre deve ser internada, para melhor elucidação da situação social da família e, se confirmada a possibilidade de maus tratos, o serviço social do hospital é acionado para investigação e acompanhamento dos pais”, alerta a médica.
Notificação Compulsória de Violência – Em casos de
violências cometidas contra crianças e adolescentes, uma cópia da notificação
ou uma comunicação do evento deve ser encaminhada imediatamente ao Conselho
Tutelar, em conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente.
O Ministério da Saúde criou o manual “Notificação
de Maus–Tratos contra Crianças e Adolescentes pelos Profissionais de Saúde”
para estabelecer normas e esclarecer dúvidas sobre como agir em caso de
suspeita de violência. O documento cria normas técnicas e rotinas de
procedimento para orientar os profissionais sobre como realizar o registo e a
notificação.
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