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sábado, 13 de maio de 2017

13/05/2017- Diabetes na Juventude

13/05/2017- Diabetes na Juventude

Medidor de glicose (Foto: Vinícius Marinho)
Um dos impactos do diabetes na vida de um jovem é aprender a lidar com os limites que a doença impõe. É preciso restringir o uso de açúcares, fazer dieta específica e usar, quase sempre, a insulina. A principal mudança na rotina de quem usa insulina são os horários em que ela deve ser aplicada, o cuidado com a alimentação e o automonitorização, ou seja, medir a glicose capilar (na pontas dos dedos), uma ou mais vezes ao dia. Essa medição é feita para ajustar a dose correta de insulina e evitar episódios de hipoglicemia, níveis muito baixos de glicose no sangue, que levam a tonturas, suores e até desmaios.
Mas a endocrinologista e professora da pós-graduação em Saúde da Criança e da Mulher do Instituto Fernandes Figueira (IFF), da Fiocruz, Lizanka Marinheiro destaca a diversidade de produtos tanto na área da alimentação quanto de tratamento disponíveis para as pessoas diabéticas.
“Hoje existe todo um mercado de alimentos sem açúcares, de bom paladar, e fácil acesso ao público, que torna a dieta bem mais prazerosa. Para a aplicação da insulina, existe uma espécie de caneta, com agulhas bem finas, muito simples de serem usadas. Já a automonitorização da glicose é feita com aparelhos de diversos fabricantes, de fácil manejo e preço acessível”, diz a médica. Ela reforça que o diabetes pode ser bem controlado, bastando o empenho da pessoa de fazer uma dieta bem equilibrada, praticar exercícios físicos e usar corretamente a medicação prescrita.
Riscos e tratamento
A endocrinologista Lizanka Marinheiro explica que a falta de controle do diabetes pode levar, a curto prazo, à desidratação e ao coma; e a longo prazo, a complicações maiores, como cegueira, insuficiência renal, amputação de dedos e até de membros inferiores.
“Além das insulinas, existem vários medicamentos novos que visam baixar a glicose, mas geralmente indicados com a insulina, se for para o jovem diabético (diabetes tipo I). No caso do tipo 2, mais comum nos adultos, esses medicamentos, em conjunto com dieta e exercícios, podem ser suficientes para melhorar o quadro”, destaca.
O tratamento do diabetes varia de pessoa para pessoa, especialmente em relação a dosagem da insulina, ao intervalo de aplicação entre uma dose e outra, a necessidade de usar outro medicamento e a própria dieta.
Diabulimia: transtorno perigoso
Junção das palavras diabetes e bulimia, a diabulimia é um transtorno alimentar específico de quem possui diabetes, principalmente do tipo 1. Assim como na bulimia, a pessoa tem compulsões alimentares e induz o vômito freqüentemente por se sentir culpada ao comer. Quem sofre de diabulimia também manipula as doses de insulina prescritas pelo médico, deixando de tomar o hormônio ou tomando-o em menor quantidade para emagrecer.
Sem a insulina, o organismo da pessoa diabética queima as reservas de gordura e proteínas, o que acaba causando a perda de peso. Entretanto, essa prática é extremamente perigosa, e pode provocar lesões na retina, nos rins e nos nervos ou mesmo levar à morte. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, o distúrbio, que vem sendo estudado desde a década de 80, está crescendo entre os jovens diabéticos.

Conteúdo retirado do Site da Fio Cruz

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