sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
A
primeira reação de uma pessoa que tem uma tontura costuma ser o famoso “sentar
cinco minutinhos para ver se passa”. Muitas vezes esta técnica funciona, porém
uma alteração do equilíbrio corporal pode indicar doenças mais graves, entre
elas a labirintite.
Definida
como uma inflamação no labirinto, estrutura interna do ouvido que auxilia na
audição e na orientação do corpo humano, a labirintite não é um mal que pode
ser curado pelo simples repouso momentâneo.
“Em
primeiro lugar, é preciso verificar a causa para saber se é realmente
labirintite”, aconselha o Dr. Gustavo Korn, otorrinolaringologista do Hospital
Israelita Albert Einstein. “Menos de 5% dos casos que recebo aqui são de
labirintite, então é importante conhecer melhor o problema para tomarmos o
devido cuidado”.
Quando
diagnosticados como uma labirintite, conforme afirma o especialista,
pouquíssimos casos da doença são incuráveis ou têm sintomas que não podem ser
controlados. “Muitas coisas influenciam nestes sintomas, como alimentos que têm
muito açúcar ou cafeína, o tabagismo e até o álcool. Por isso, o tratamento pode
ser feito com medicamentos e, raríssimas vezes, com cirurgia, mas
principalmente com a readequação dos hábitos”.
A
LABIRINTITE – COMO ELA SURGE
Causada
por uma bactéria, a labirintite por si só tem origem em outras doenças, como,
por exemplo, a otite média (inflamação do ouvido médio) ou a meningite
(inflamação das membranas do sistema nervoso central). Porém, além disso, seu
diagnóstico pode prever outros problemas.
“O
labirinto funciona como um sensor do organismo. Muitas vezes a doença pode indicar
dificuldades de origem metabólicas, hormonais, cardiovasculares e, em alguns
casos, até psicológicas. Por isso sempre atuamos em conjunto com outros médicos
e fazemos o tratamento juntos”, pontua o Dr. Gustavo.
Uma
das dificuldades do seu tratamento, entretanto, como explica o Dr. Gustavo, é
que muitas vezes as pessoas não procuram ajuda para a cura. “Tontura não é
normal. Pode acontecer em crianças, adultos ou idosos, sendo que, nestes
últimos casos, é ainda mais perigoso, já que qualquer tipo de queda pode levar
a problemas mais graves”.
Por
isso, é importante que seja feito o diagnóstico quando a desorientação começar
a aparecer com frequência. “É difícil as pessoas explicarem que estão doentes,
mas elas podem melhorar. E muitas vezes isso pode ajudar e muito na qualidade
de vida”, finaliza.