O que é?
- A sífilis é uma doença infecciosa de transmissão
sexual ou materno-fetal, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de
agudização e períodos de latência clínica de menor ou maior tempo de duração. A
prevenção da sífilis congênita pode ser feita com medidas simples, de baixo
custo e altamente eficazes, traduzidas no diagnóstico da sífilis materna e no
tratamento adequado da mãe e de seu(s) parceiro(s) sexual(is), resultando no
tratamento simultâneo do concepto.
- É uma doença infecciosa causada pela bactéria
Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas
ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O
terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão
de cura da doença.
- Todas as pessoas sexualmente ativas devem
realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois
a sífilis a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou
morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º
trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames
anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar
sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
Formas de contágio
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para
outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de
sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o
parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto
acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de
prevenir-se contra a sífilis.
Sinais e sintomas
- Os primeiros sintomas da doença são pequenas
feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a
7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas
não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento,
essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua
doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir
manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
- Após algum tempo, que varia de pessoa para
pessoa, as manchas também desaparecem, dando a idéia de melhora. A doença pode
ficar estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações
graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos,
podendo, inclusive, levar à morte.
Diagnóstico
Quando não há evidencia de sinais e ou sintomas, é
necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos
contra a bactéria, só pode ser feito a partir da primeira à terceira semana
após o contágio.
Tratamento
Recomenda-se procurar um profissional de saúde,
pois só ele pode fazer o diagnóstico correto e indicar o tratamento mais
adequado, dependendo de cada estágio. É importante seguir as orientações
médicas para curar a doença.
Sífilis Congênita
É a transmissão da doença de mãe para filho. A
infecção é grave e pode causar má-formação do feto, aborto ou morte do bebê,
quando este nasce gravemente doente. Por isso, é importante fazer o teste para
detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado é positivo, tratar
corretamente a mulher e seu parceiro. Só assim se consegue evitar a transmissão
da doença.
Sinais e sintomas
- A sífilis congênita pode se manifestar logo após
o nascimento, durante ou após os
primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais
e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança
pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas
ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, a sífilis pode ser
fatal.
- O diagnóstico se dá por meio do exame de sangue
e deve ser pedido no primeiro trimestre da gravidez. O recomendado é refazer o
teste no 3º trimestre da gestação e repeti-lo logo antes do parto, já na
maternidade. Quem não fez pré-natal, deve realizar o teste antes do parto. O
maior problema da sífilis é que, na maioria das vezes, as mulheres não sentem
nada e só vão descobrir a doença após o exame.
Tratamento
Quando a sífilis é detectada, o tratamento deve
ser indicado por um profissional da saúde e iniciado o mais rápido possível. Os
parceiros também precisam fazer o teste e ser tratados, para evitar uma nova
infecção da mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento
seja feito com a penicilina, pois é o único medicamento capaz de tratar a mãe e
o bebê. Com qualquer outro remédio, o bebê não estará sendo tratado. Se ele
tiver sífilis congênita, necessita ficar internado para tratamento por 10 dias.
O parceiro também deverá receber tratamento para evitar a reinfecção da
gestante e a internação do bebê.
Cuidados com o recém-nascido
Todos os bebês devem realizar exame para sífilis
independentemente dos exames da mãe. Os bebês que tiverem suspeita de sífilis
congênita precisam fazer uma série de exames antes de receber alta.
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