SOL – Um Exemplo de Superação
Depois de alguns meses acompanhando a evolução de
um câncer em seu
primo e o falecimento do mesmo, Solange descobre através do
auto exame um
pequeno nódulo em sua mama do tamanho de um grão de arroz.
Ainda
abalada com a experiência vivida de perto com seu primo,
ela começa a buscar
ajuda para descobrir o que poderia ser aquele nódulo.
Sua descoberta foi no
final de março de 2010.
Ao buscar ajuda, ela esbarrou no processo
burocrático para conseguir uma
consulta ginecológica e foi encaminhada para o
Hospital Ronaldo Gazolla
(hospital de Acari), pois, na época o Posto de Saúde
de referência
não tinha o profissional pra realizar tal consulta.
O atendimento no Hospital ocorreu um mês
depois.
Após fazer o preventivo, aguardou por mais um mês
a marcação para realizar
uma mamografia, que foi realizada em vila Isabel no
dia 24 de abril de 2010 e
precisou repetir o procedimento dias antes de pegar o
resultado da primeira.
Neste momento o nódulo já estava maior e Solange
estava sentindo
muitas dores. Após vinte dias o resultado da mamografia chegou
e
ela iria precisar fazer uma biópsia.
Era estranho ver uma pessoa tão alegre ter um ar
de preocupação
tão intenso em seu rosto.
Ao retornar ao Hospital de Acari, sua médica fez o
pedido da biopsia e a
mandou de volta para a Unidade Básica de Saúde para que o
agendamento
pudesse ser feito por lá. Nessa época o processo era demorado
e mais uma vez Solange esbarrou na burocracia par marcar o exame.
O tempo foi passando, o nódulo crescendo e as
dores ficando ainda piores.
Uma noite sem conseguir dormir de tanta dor,
Solange precisou ir para a
emergência do Hospital Estadual em Realengo, onde, segundo relatou foi
atendida por uma médica mantenedora do Hospital Mário Kroeff.
atendida por uma médica mantenedora do Hospital Mário Kroeff.
Esta médica ligou para o gestor do Hospital solicitando que o mesmo a acolhesse. Solange foi para o Hospital Mário Kroeff e lá realizou alguns exames,
como RX, Cintilografia Óssea, entre outros, mas o principal que era a biópsia
ela não conseguiu fazer, pois o aparelho na época estava quebrado.
como RX, Cintilografia Óssea, entre outros, mas o principal que era a biópsia
ela não conseguiu fazer, pois o aparelho na época estava quebrado.
No Hospital passou
por consulta com mastologista e o mesmo a
orientou a fazer o exame em clínica
particular e como não poderia
esperar mais. Solange pagou para realizar o exame.
Nesse meio tempo o PACS (Programa de Agente Comunitário de Saúde)
passou a ser
PSF (Programa de Saúde da Família) e passamos a contar
com enfermeiros, técnicos de enfermagem, médico e um gerente,
que acolheu Solange e lutou pra conseguir suas consultas com
Mastologista mais próximo a nossa área de
atendimento, no Pam Bangu.
A consulta foi marcada e junto com ela saiu o resulta
do da biópsia e o Médico
do PSF a encaminhou de imediato para o INCA ela estava
com Carcinoma Ductalinfiltrante grau 3, resumindo, um tumor maligno na mama
direita. Solange amanheceu na porta do Inca, porém não passou pela consulta,
mas foi acolhida e orientada e em uma semana passou por sua primeira consulta.
Em 19 de janeiro de 2011, véspera do aniversário
de seu filho mais velho,
ela iniciou a quimioterapia, pois, o
tumor era agressivo e só daria pra
operar se o mesmo diminuísse. A
comemoração do aniversário não
iria acontecer, mas Solange insistiu para que
todos se reunissem para
comemorar com alegria, o que na verdade foi difícil
para todos.
Este foi o período mais difícil da sua vida, pois além de sofrer
com o
tratamento, Solange descobriu que estava com Diabetes.
Um fato que me tocou um pouco mais foi quando ela
relatou sobre o dia
que seu cabelo começou a cair e ela precisou cortar. Nesse
dia chorou ela,
Solange relatou que caiu em um precipício,
chorando durante dois dias,
isolada em
seu quarto. Durante esse período ela se agarrou com Deus e
quando saiu foi para lutar e vencer.
Acionou família, amigos, vizinhos,
igrejas e todos segundo ela foram
fundamentais na sua trajetória.
Ela contou que ficava revoltada ao ver na TV propaganda dizendo que se
a doença
fosse descoberta no início as chances de cura seriam maiores,
ficou com esse
sentimento porque descobriu a tempo,
mas a demora para seu atendimento foi
muito grande.
Após as seções de quimioterapia, foi marcada a data da cirurgia e em
23 de maio de 2011 Solange operou.
Precisou tirar a mama e também tirar glândulas das axilas.
Logo após a cirurgia iniciou o processo de
radioterapia e ao término teve
a surpresa de ter sido selecionada para fazer o
curso Técnico de Agente
Comunitário de Saúde, antes mesmo de terminar sua
licença médica.
Não posso deixar de relatar, também que ela não deixou de exercer suas atividades de ACS. Apesar de alguns cuidados devidos, ela não parou, seguiu em frente, pois entendia que a nossa equipe precisava dela e ela precisava de nós.
Como Solange já havia decidido lutar e vencer,
encarou essa jornada de
1 ano e meio de cabeça erguida e com a ajuda de seus
amigos ACS
do mesmo módulo: Cristina, Elisabete, Sandra, Claudio, Josiel,
Kelson
e os demais do curso, que além de carregarem a sua mochila tinham um
cuidado todo especial com a sua saúde, inclusive a carona garantida por
seu
amigo ACS Kelson, pois não podia pegar sol.
Solange, ela é chamada carinhosamente de SOL pelos
seus amigos da ESF.
Profissional de saúde, para ser mais exata, ela é Técnica de
Agente Comunitária
de Saúde e eu a conheço há 10 anos. Vi seus momentos de
alegrias,
presenciei seus momentos de dor, de luta e de vitória.
Hoje ela só tem a agradecer a Deus por sua vida e
sua recuperação e agradece,
também a toda a equipe da ESF Vila Aliança
que
esteve ao seu lado durante todo esse período.
Solange costuma dizer que:
“Toda família tem um
ACS, mas ela teve todos os ACS em sua
vida.”
História narrada pela
ACS Luana de Souza Semeão
Tel:94255572
Email: luanasemeao@hotmail.com
Fico feliz de ter feito parte dessa historia junto a familia Eithel...somos um!!!!
ResponderExcluirSol vc é uma guerreira!!!!
Jesus luana vcs querem acabar comigo de tanto chorar����, agradeço imensamente Deus pela vida da sol e pena que nossa amiga Fátima não teve a mesma sorte��, Sol felicidades mil, apesar de não época ser de outra unidade acompanhei muito a vida da Sol guerreira ������������
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