sexta-feira, 17 de maio de 2013
As palestras da quarta sessão do VIII Ciclo de Debates, ocorrida no dia 9/5, destacaram a necessidade de cuidado do usuário do sistema de saúde e, também, das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Segundo o pesquisador Juares Soares Costa, da PUC-Campinas, esse cuidado deve considerar o contexto ao qual as equipes estão submetidas e buscar a reflexão dos próprios membros a respeito de suas práticas e formas de relacionamento. Para o professor da Universidade de Brasília Wanderley Codo, debatedor da mesa, a profissionalização do cuidado pode afastar o vínculo entre o profissional de saúde e o usuário.
Casos complexos: quem se implica no cuidado? foi o tema da atividade coordenada pela pesquisadora da UFRJ Valéria Romano. A conferência coube a Juares Costa, que falou sobre a complexidade na saúde. “O campo da saúde teve imensos progressos. Mas sabemos que fica limitado se focalizarmos apenas um indivíduo isoladamente. Os casos complexos ainda são entendidos como os acontecimentos mais graves, mais difíceis de serem entendidos ou que necessitam de um especialista. Talvez só tenhamos casos complexos. Essa é a nossa visão do mundo formada na escola na realidade.”
Sobre as equipes da ESF, o pesquisador afirmou que, para alcançarem a eficiência no trabalho, é necessário organização e comunicação. “Falo da comunicação como a existência de uma base, de significados em comum. Para funcionar bem, a equipe deve ter diferentes olhares, mas também aspectos em comum. Se formarmos um time de futebol com os melhores jogadores do mundo, o sucesso não estará garantido. É preciso integração, comunicação, uma base em comum.”
"É preciso cuidar da própria equipe"
Para alcançar essa eficiência, portanto, é preciso cuidar dos seus componentes e da relação entre os seus membros. “Como se cuida de uma equipe? O trabalho técnico é feito com o usuário, mas muito pouco se faz para cuidar dela. Muitas vezes, ela está num contexto de violência e de diferenças culturais entre o trabalhador e a pessoa atendida. Uma equipe de ESF funciona como um corpo. Assim, devemos cuidar dela da mesma maneira como cuidamos de nós mesmos”, sugeriu Juares, que, em seguida, comentou o trabalho desenvolvido em Campinas. “Temos um trabalho de conversação reflexiva sobre a prática profissional. Falar em reflexão significa olhar para nós mesmos. A ideia é ajudar a equipe a refletir sobre sua prática e a relação entre os membros. A capacitação continuada do profissional também é uma forma de cuidado. Não haverá sobrevivência do trabalhador se não houver cuidado com os participantes.”
Debatedor do encontro, o professor Wanderley Codo revelou que o cuidado era feito em casa, na família, mas atualmente adquiriu um formato profissional. “O cuidado é marcado pelo vínculo imediato e se constrói de maneira rápida. Olho para você, analiso aquilo de que você precisa e o atendo. É a mãe olhando para o filho, com a desconfiança de que ele está com fome e o cuidado para que ele se alimente. A profissionalização do cuidado trouxe um afastamento”, exemplificou.
Ao se referir ao cuidado das equipes, afirmou que os componentes devem ter espaço para discutir as angústias e adoecimentos. “O adoecimento do trabalhador não surge por uma questão individual, mas pela fraqueza da equipe. Ele adoece porque esse tipo de trabalho adoece. Cuidar da saúde do trabalhador também deve fazer parte de suas atribuições.”
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Sal de cozinha com menos iodo
Já está em vigor a resolução da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) que altera a faixa de iodação do sal no Brasil. A
determinação foi publicada na última quinta-feira (25/4) no Diário Oficial da
União (DOU). De acordo com a nova regra, a adição do iodo no sal de cozinha
deverá ficar entre 15 e 45 miligramas por quilo de sal; atualmente, a adição
pode variar entre 20 a 60 miligramas por quilo. O sal com menos iodo deve
começar a ser produzido no Brasil em até 90 dias.
A nova faixa foi resultado da avaliação realizada
pela Comissão Interinstitucional para Prevenção e Controle dos Distúrbios por
Deficiência de Iodo, coordenada pelo Ministério da Saúde, seguida de Consulta
Pública realizada pela Anvisa. O cálculo levou em consideração a recomendação
da Organização Mundial da Saúde (OMS), dados de monitoramento do teor do
nutriente no sal e o padrão de consumo do brasileiro. A recomendação de consumo
máximo diário pela (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa.
A adição do iodo no sal foi adotada na década de 1950 para prevenir e controlar as deficiências do nutriente, que pode provocar o bócio, bem como comprometer de forma permanente o desenvolvimento físico e intelectual de crianças.
No entanto, a faixa de
adição do nutriente tem sido revista ao longo dos anos em virtude das mudanças
no padrão de alimentação dos brasileiros, pois o excesso desse nutriente também
traz danos à saúde e pode causar transtornos na tireoide.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
Salto Alto: Dores causadas pela vaidade
O salto alto é o queridinho das
mulheres. Na rotina de trabalho,
eles mantêm a elegância e boa aparência, que
muitas vezes é exigida
na profissão. Porém, o uso constante e, por um longo
período, acaba
causando dores e desconfortos após o dia de expediente.
O uso
prolongado de salto alto pode trazer sérios problemas nas articulações
e na
postura. Já que muitas mulheres não conseguem desapegar deles,
a solução para
manter-se nas alturas com classe e saúde é compensar
com massagens e
exercícios.
Segundo o ortopedista do Hospital
Federal da Lagoa, vinculado ao
Ministério da Saúde, José Renato Queiroga, no
dia a dia
as mulheres devem optar por saltos menores.
“O salto alto no sapato
da mulher é apenas uma questão de moda.
O ideal é que o calçado feminino para o
uso diário no trabalho tivesse a altura
máxima de dois ou três centímetros, que
seria mais ou menos equivalente
ao sapato masculino. O salto alto, além de
fazer uma sobrecarga no joelho,
força o pé levando, em longo prazo, à metatarsalgia, que é a dor na parte
frontal dos pés”, alerta.
Além da dor, o uso de salto alto pode causar
pequenos traumas nas pernas
e nos pés. “O salto alto pode causar ainda uma
artrose pós-traumática por
conta de micro traumas nas articulações metatarsofalangeanas
do pé,
como os joanetes, e lesões por esforço”, explica
José Renato.
As mulheres acostumadas ao salto podem alegar que
sofrem desconforto se optar pelo uso de sapatilhas ou rasteiras. Mas, conforme
explica a educadora física do Programa de Melhoria da Qualidade de Vida
(CAS/CGESP/SAA/SE), Danyele Araújo, o que acontece é que o salto alto causa o
encurtamento dos tendões das pernas.
“Com o calcanhar em uma posição
não habitual, a mulher que usa esse tipo
de calçado acaba sofrendo uma
diminuição de sua flexibilidade na parte
posterior das pernas. Esse
encurtamento é tanto muscular quanto tendíneo.
As consequências são dores constantes ao andar descalço ou usar sapatos
sem salto”, afirma. Um sinal evidente do exagero no
uso do salto é a
dificuldade em manter o pé inteiro no chão ao se agachar e o
esforço
para manter o equilíbrio. “Geralmente quem tem esse encurtamento
do
tendão tem a execução do exercício de agachamento prejudicada,
pois tira o
calcanhar do chão e fica apoiado na parte frontal dos pés.
O peso do corpo fica
concentrado na ponta do pé, mais especificamente no antepé. Isso gera também
uma mudança no centro de gravidade, fazendo com que a mulher faça mais esforço
para se manter equilibrada”, alerta Danyele.
Alongar para prevenir - Após o dia de trabalho, pequenos exercícios e
massagens ajudam a mulher a aliviar as tensões nas pernas e pés, além
de fortalecer a região para minimizar os impactos do salto alto. “Ela pode usar
um pouco de gelo nos pés ou compressas geladas. O frio diminui a pressão
nessas áreas. A mulher pode ainda usar cremes hidratantes em massagens
e, se possível, fazer alongamento da musculatura posterior da coxa
e da panturrilha”, recomenda José Renato.
Danyele recomenda também à mulher que não consegue sair do salto a
compensar a sobrecarga com exercícios e alongamentos. “O ideal é priorizar
o alongamento. Antes ou depois de usar o sapato alto, dar uma alongada,
sentada na cama mesmo, e esticar bem as duas pernas. É preciso ter cuidado,
pois com o tempo o salto tende a piorar a postura. Já que não dá para deixar
de usar, é importante investir em exercícios e alongamentos”, finaliza
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Grupo do Tabagismo
Mais um Grupo foi iniciado na Unidade. Uma jornada nada fácil, mas que
pode ser vencida com força de vontade e a ajuda de profissionais capacitados.
Auxiliar dependentes do cigarro a deixar o vício é
a função do Grupo de Tabagismo, promovido pela SUBPAV através das Unidades da
Atenção Primária, e conduzido por uma equipe multiprofissional formada pelos
profissionais do NASF e pela Dra. Eliana Canova, cirurgiã dentista capacitada
pela SMS.
No primeiro encontro, chamado de Acolhimento, a
Dra. Eliana Canova fez uma avaliação do nível de dependência de cada integrante
do grupo. Em seguida, eles responderam quais as motivações para deixar o vício
e o que os leva a querer parar de fumar e definiram qual o método que deverão
seguir para conseguir atingir seu objetivo.
Dra. Canova explica que existe apenas duas formas
da pessoa parar de fumar, o resto é enganação. A primeira é o método de parar
abruptamente, ou seja, tomar a decisão, marcar uma data para parar e
simplesmente nunca mais acender o cigarro. A segunda é reduzir gradualmente o
número de cigarros por dia, de forma que em uma semana (7 dias), a pessoa tenha
parado de fumar. “Para parar é preciso enxergar o cigarro como seu maior
inimigo. Nós temos uma experiência de 10 anos de trabalho com terapia de grupo
que permite-nos dizer que a parada abrupta é a melhor, porque quanto mais se
demora para deixar o vício, a chance de voltar a fumar nesse esse período de
diminuição é muito grande”, comenta.
Os profissionais também ajudam o paciente a lidar
com a dependência. “Não é fácil superar uma dependência. Durante a fase de
abstinência do uso do tabaco podem acontecer alguns sintomas e a equipe estará
sempre à disposição do grupo para ajudar quando for necessário, seja com
remédios, apoio psicológico ou outro método mais indicado a cada caso”,
complementa Dra. Canova.
O grupo tem tido resultados positivos. “Casos como
o das pessoas que
fumavam praticamente a sua vida inteira e que deixaram de
fumar em apenas
quatro semanas, nos deixam muito satisfeitos, pois estamos
cooperando
com a saúde da população”, destaca.
O tratamento consiste em reuniões
semanais onde as pessoas acolhidas e
atendidas desejam interromper
o uso de
produtos derivados do tabaco - cigarro, charuto, cigarrilhas,
cachimbo e outros
produtores de fumaça.
São quatro encontros. Durante essas reuniões, os
participantes têm
a oportunidade de trocar idéias e experiências. Os
profissionais orientam
e oferecem dicas para suportar a abstinência, e
principalmente mostrando
os malefícios do cigarro e o por que é tão importante
não fumar”.
Grupo de tabagismo está com inscrições abertas.
O Grupo Anti-Tabagismo é contínuo.
Os interessados poderão fazer sua inscrição
por telefone, pelo Tel. 3332-9207.
Dra. Canova
ASB Janaína Vieira