sexta-feira, 5 de abril de 2013

Emagrecer, só se for com saúde!


Vivemos em uma sociedade que segue padrões estéticos, onde ser magro é ser belo. Essa apologia à magreza distorce o conceito de peso ideal, que deve estar associado essencialmente a questão da saúde e não apenas da beleza. Conceitos errados geram expectativas erradas, levando as pessoas a recorrerem a dietas milagrosas e procedimentos nem sempre indicados para o seu caso, onde as metas nem sempre são atingidas podendo gerar até complicações, o que acaba por desencadear mais frustrações.

As boas práticas em saúde preconizam que o método de emagrecimento ideal é aquele que oferece tempo ao individuo para reprogramar hábitos importantes para a perda do peso e a sua manutenção de forma efetiva, no longo prazo.



Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, o excesso de peso e a obesidade aumentaram nos últimos seis anos. A proporção de pessoas acima do peso avançou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%. Nesses casos de super obesidade, as pessoas muitas vezes recorrem à colocação do balão intragástrico, um procedimento que reduz a capacidade do estômago pela metade e provoca a perda de apetite e a saciedade, auxiliando no emagrecimento. Mas é importante se consultar com um médico, segundo o gastrocirurgião e endoscopista, dr. Eduardo Grecco, que é atua há anos com o método do balão intragástrico, a indicação de qualquer tratamento de saúde só pode ser realizada por médicos.

Existem dois requisitos que o balão atende: pacientes com sobrepeso (IMC >27) ou obesidade grau 1 e pacientes com quadros graves de obesidade que precisam emagrecer para alcançar condições clínicas para submeter-se à cirurgia. “Não há idade mínima indicada, contudo é necessário avaliar cuidadosamente os casos em adolescentes em virtude da necessidade de um acompanhamento com hebiatra e psicólogo infantil. Geralmente os adolescentes ganham peso para se esquivar de problemas familiares, pessoais, escolares. Atuar sobre a alimentação pode levá-los ao uso de drogas, alcóol etc.”, afirma Grecco.

Porém, algumas pessoas tentam perder peso com tratamentos clínicos, acompanhamento de especialistas como nutricionistas, preparadores físicos e psicólogos, mas mesmo assim, não conseguem. A expectativa de senso comum para o perder peso se refere ao tempo de emagrecimento, a maioria das pessoas tem urgência com os resultados e acabam se tornando reféns disso, com grandes frustrações ou, em casos mais graves, passam a sofrer com transtornos de imagem.

“Os Transtornos Alimentares são caracterizados por perturbações no comportamento alimentar, podendo levar ao emagrecimento extremo como à obesidade ou outros problemas físicos. Os principais tipos de Transtorno Alimentar são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa, e ambos têm como características comuns uma intensa preocupação com o peso e o medo excessivo de engordar, uma percepção distorcida da forma corporal, e a autoavaliação baseada no peso e na forma física”, explica a psicóloga Sandra Hamzeh.

Importante lembrar que Anorexia Nervosa é uma doença grave, com risco de mortalidade em torno de 5 a 15% dos casos.


A psicóloga ressalta que a idealização do corpo que o paciente deseja chegar e a
bordagem para a construção de um caminho mais realista são essenciais no tratamento com o dispositivo.  “A expectativa deve ser um dos primeiros itens a ser trabalhado, para que seja construído um papel de emagrecimento de forma equilibrada”.

A título de curiosidade e esclarecimento podemos citar duas doenças consideradas “patologias culturais”  que devem ser divulgadas: ORTOREXIA  e  VIGOREXIA.

Ortorexia são as pessoas que cometem exageros em dietas naturais, adotando comportamentos nutricionais cada vez mais restritivos, com prejuízo da sociabilidade.

E a Vigorexia, também conhecida como Síndrome de Adônis mais comum em homens, se caracteriza por uma preocupação excessiva em ficar forte a todo custo. De modo geral, os transtornos alimentares são produtos de uma complexa inter-relação entre aspectos biológicos, psicológicos e socioculturais. Portanto, sendo problemas multifatoriais em suas gêneses. Assim não podemos afirmar que o culto a beleza é único fator desencadeador. Daí a importância de uma equipe multidisciplinar para avaliação mais assertiva.

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