segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Câncer de Cérvice Uterina, Câncer do colo uterino.
O câncer de colo uterino é o câncer mais comum
entre as mulheres no Brasil, correspondendo a, aproximadamente, 24% de todos os
cânceres.
Definição de câncer de colo uterino
É o câncer que se forma no colo do útero. Nessa
parte, há células que podem se modificar produzindo um câncer. Em geral, é um
câncer de crescimento lento, e pode não ter sintomas.
O que é o colo do útero?
O colo é a parte inferior do útero que o conecta à
vagina. O colo produz muco que durante uma relação sexual ajuda o esperma a
mover-se da vagina para o útero. Na menstruação o sangue flui do útero através
do colo até a vagina, de onde sai do corpo. No período de gravidez o colo fica
completamente fechado. Durante o parto o colo se abre e o bebê passa através
dele até a vagina.
O que se
sente quando se tem o câncer de colo do útero?
O quadro clínico de pacientes portadoras de câncer
de colo do útero pode variar desde ausência de sintomas (tumor detectado no
exame ginecológico periódico) até quadros de sangramento vaginal após a relação
sexual, sangramento vaginal intermitente (sangra de vez em quando), secreção
vaginal de odor fétido e dor abdominal associada com queixas urinárias ou
intestinais nos casos mais avançados da doença.
Como o
médico faz o diagnóstico do câncer de colo do útero?
O diagnóstico é, predominantemente, clínico. A
coleta periódica do exame citopatológico do colo do útero (também chamado de
exame pré-câncer ou Papanicolau) possibilita o diagnóstico precoce, tanto das
formas pré-invasoras (NIC), como do câncer propriamente dito. No exame
ginecológico rotineiro, além da coleta do citopatológico, é realizado o Teste
de Schiller (coloca-se no colo do útero uma solução iodada) para detectar áreas
não coradas, suspeitas. A colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero
com lente de aumento de 10 vezes ou mais) auxilia na avaliação de lesões
suspeitas ao exame rotineiro, e permite a realização de biópsia dirigida
(coleta de pequena porção de colo do útero), fundamental para o diagnóstico de
câncer.
Nas pacientes com diagnóstico firmado de câncer de
colo do útero, é necessária a realização de exames complementares que ajudam a
avaliar se a doença está restrita ou não ao colo do útero: cistoscopia,
retossigmoidoscopia, urografia excretora e, em alguns casos, a ecografia
transretal.
Os tipos de câncer de colo do útero podem ser:
tipo epidermóide, o mais comum, e também pode ser do tipo adenocarcinoma, o
qual é bem menos freqüente. O primeiro pode ser diagnosticado na sua forma
pré-invasora: NIC (neoplasia intraepitelial cervical), geralmente
assintomático, mas facilmente detectável ao exame ginecológico periódico.
Como se
trata o câncer de colo de útero?
O tratamento das pacientes portadoras desse câncer
baseia-se na cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O tratamento a ser
realizado depende das condições clínicas da paciente, do tipo de tumor e de sua
extensão. Quando o tumor é inicial, os resultados da cirurgia radical e da
radioterapia são equivalentes.
O tratamento cirúrgico consiste na retirada do
útero, porção superior da vagina e linfonodos pélvicos. Os ovários podem ser
preservados nas pacientes jovens, dependendo do estadiamento do tumor; quanto
mais avançado, mais extensa é a cirurgia.
O tratamento radioterápico pode ser efetuado como
tratamento exclusivo, pode ser feito associado à cirurgia (precedendo-a),ou
quando a cirurgia é contra-indicada.
Detecção
precoce para o câncer de colo de útero
Detecção precoce ou screening para um tipo de
câncer é o processo de se procurar um determinado tipo de câncer na sua fase
inicial, antes mesmo que ele cause algum tipo de sintoma. Em alguns tipos de
câncer, o médico pode avaliar qual o grupo de pessoas que corre mais risco de
desenvolver um tipo específico de câncer por causa de sua história familiar,
por causa das doenças que já teve ou por causa dos hábitos que tem, como fumar,
consumir bebidas de álcool ou comer dieta rica em gorduras.
A isso se chama fatores de risco e as pessoas que
têm esses fatores pertencem a um grupo de risco. Para essas pessoas, o médico
pode indicar um determinado teste ou exame para detecção precoce daquele
câncer, e dizer com que freqüência esse teste ou exame deve ser feito. Para a
maioria dos cânceres, quanto mais cedo (quanto mais precoce) se diagnostica o
câncer, mais chance essa doença tem de ser combatida. Qual é o teste que
diagnostica precocemente o câncer de colo do útero?
O exame de Papanicolau ou "preventivo de
câncer de colo do útero" é o teste mais comum e mais aceito para ser
utilizado para detecção precoce do câncer de colo do útero.
O que é
Papanicolau?
Papanicolau é um teste que examina as células
coletadas do colo do útero. O objetivo do exame é detectar células cancerosas
ou anormais. O Exame pode também identificar condições não cancerosas como
infecção ou inflamação. O nome do teste refere-se ao nome do seu criador, o
médico greco-americano George Papanicolaou
Com que
freqüência deve ser feito o Papanicolau?
Toda mulher deve fazer o exame preventivo de
câncer de colo do útero (Papanicolau) a partir da primeira relação sexual ou
após os 18 anos. Este exame deve ser feito anualmente ou, com menor freqüência,
a critério do médico.
Mulheres mais velhas normalmente deixam de fazer
esse exame porque deixam de se consultar, ou mesmo por orientação do médico. A
partir dos 65 anos, as mulheres que tiveram exames normais nos últimos 10 anos
devem conversar com seu médico sobre a possibilidade de parar de realizar o
exame regularmente.
Mulheres que realizaram histerectomia (cirurgia
para retirada do útero) com a retirada do colo além do útero, não necessitam
fazer o exame, a menos que a cirurgia tenha sido feita para o tratamento de
câncer ou de lesão pré-maligna.
Como o
médico faz o exame de Papanicolau?
Este teste é feito por um médico ou um técnico
treinado para isso, num consultório ou ambulatório. Durante um exame vaginal,
antes do exame de toque, um aparelho chamado espéculo vaginal é introduzido na
vagina para que o colo do útero seja facilmente visualizado. Com uma espátula
e/ou uma escova especial, o médico coleta algumas células do colo do útero e da
vagina e as coloca numa lâmina de vidro. Essa lâmina com as células é examinada
em um microscópio para que sejam identificadas anormalidades que sugiram que um
câncer possa se desenvolver (lesões precursoras) ou que já esteja presente.
O exame de
Papanicolau necessita de alguma preparação prévia?
A mulher deve fazer este exame quando não estiver
menstruando. O melhor período é entre o 10º e 20º dia após o primeiro dia do
seu último período menstrual. A mulher deve avisar seu médico em que momento do
ciclo está.
Por dois dias antes do exame a mulher deve evitar
piscina e banheiras, duchas vaginais, tampões, desodorantes ou medicamentos
vaginais, espermicidas e cremes vaginais (a menos que seu médico recomende
explicitamente). Estes produtos e situações podem retirar ou esconder células
anormais.
A mulher deve também evitar relações sexuais por
dois dias antes do exame.
Após o exame, a mulher pode voltar a suas
atividade normais imediatamente.
Resultados
do Exame Preventivo (Papanicolau)
Negativo para câncer (células malignas): se é o
primeiro resultado negativo, a mulher deverá fazer novo exame preventivo em um
ano. Se tiver um resultado negativo no ano anterior, o exame deverá ser
repetido em 3 anos.
Alteração
tipo NIC I: repetir o exame em 6 meses;
Alterações tipo NIC II e NIC III: o médico deverá
decidir a melhor conduta. Novos exames, como a colposcopia, deverão ser
realizadas;
Infecção pelo HPV: o exame deverá ser repetido em
6 meses;
ASCUS e ASGUS (alteração atípica com significado
incerto): o médico deve indicar a conduta a seguir conforme cada caso. Pode ser
a repetição do exame em 12 meses ou tratamento de infecção ou fazer uma
colposcopia (exame em que se visualiza o colo do útero com lente de aumento de
10 vezes ou mais).
Amostra insatisfatória: a quantidade de material
não foi suficiente para fazer o exame. O exame deve ser repetido logo que for
possível.
Independente desses resultados, você pode ter
alguma outra infecção que será tratada. Siga o tratamento corretamente. Muitas
vezes, é necessário que o seu parceiro também receba tratamento.
O câncer de
colo do útero pode ser prevenido?
Sim, prevenir o aparecimento de um tipo de câncer
é diminuir as chances de que uma pessoa desenvolva essa doença através de ações
que a afastem de fatores que propiciem o desarranjo celular que acontece nos
estágios bem iniciais, quando apenas algumas poucas células estão sofrendo as
agressões que podem transformá-las em malignas. São os chamados fatores de
risco.
Além disso, outra forma de prevenir o aparecimento
de câncer é promover ações sabidamente benéficas à saúde como um todo e que,
por motivos muitas vezes desconhecidos, estão menos associadas ao aparecimento
desses tumores.
Nem todos os cânceres têm estes fatores de risco e
de proteção identificados e, entre os já reconhecidamente envolvidos, nem todos
podem ser facilmente modificáveis, como a herança genética (história familiar),
por exemplo.
O câncer de colo do útero, como a maioria dos
tipos de câncer, tem fatores de risco identificáveis. Alguns desses fatores de
risco são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que cada pessoa
tem a esse determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver esse tipo
de câncer.
Há também os fatores de proteção. Ou seja, fatores
aos quais, se a pessoa estiver exposta, a sua chance de desenvolver esse tipo
de câncer diminui.
Entre esses fatores de proteção também há os que
se pode modificar, expondo-se mais a eles.
A prevenção do câncer de colo do útero passa por
cuidados e informações sobre o uso de preservativos, a prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis e a orientação sexual, desestimulando a
promiscuidade. Em nível secundário de prevenção, está o exame ginecológico
periódico.
Os fatores de risco e proteção mais conhecidos
para o câncer de colo do útero e que podem ser modificados são:
Exame de
Papanicolau ou preventivo de câncer
Fazer o exame preventivo de câncer de colo do útero
é a forma mais eficaz de diminuir a chance de ter esse tipo de câncer.
As mulheres mais velhas, que normalmente deixam de
fazer esse exame, muitas vezes por orientação do seu próprio médico, ou porque
deixam de se consultar com um ginecologista, têm risco de desenvolver esse
tumor, já que não o diagnosticam na sua fase inicial.
Infecção
pelo Vírus Papiloma Humano (HPV)
O Vírus Papiloma Humano (HPV) é um vírus
extremamente comum, do qual existem mais de 80 sub-tipos. Alguns deles são
transmitidos sexualmente (por contato sexual com parceiro portador desse
vírus). Desses, alguns estão associados ao câncer de colo do útero. Mais
freqüentemente, os sub-tipos 16 e 18 estão associados a esse tipo de tumor.
Não existe tratamento para esse tipo de vírus e ele
desaparece sozinho, sem tratamento, na grande maioria das vezes. Porém, a
maioria dos cânceres de colo do útero têm a presença desse vírus.
Ou seja, as mulheres portadoras desse vírus devem
fazer exames mais freqüentes com o seu ginecologista ou profissional de saúde
capacitado para detectar alterações sugestivas de lesões malignas ou
pré-malignas tão cedo quanto possível, o que aumenta muito a chance de se fazer
um procedimento que a deixem complemente curadas.
Fumo
Fumar aumenta o risco de desenvolver esse tipo de
câncer.
Parar de fumar ou evitar fumo passivo (inalar
fumaça de fumantes próximos) é uma forma de prevenir esse tipo de tumor.
História da
Vida Sexual
Mulheres que tiveram a sua primeira relação sexual
muito cedo, antes dos 16 anos, ou que têm ou tiveram muitos parceiros, têm
maior risco de ter esse tipo de câncer. Possivelmente, isso é o reflexo de
maior exposição a doenças sexualmente transmissíveis , como o HPV, que estão
associados a esse tipo de tumor.
Outras doenças sexualmente transmissíveis também
estão associadas a esse tumor, como o herpes simples e o HIV.
Por isso, a prevenção contra doenças sexualmente
transmissíveis, com o uso de métodos de barreira (camisinha ou condom) e uso de
espermicida, diminui a chance de desenvolver esse tipo de tumor.
Dieta
Vários estudos têm associado uma diminuição no
risco de desenvolver câncer de colo do útero em mulheres que ingerem
micronutrientes nas suas quantidades adequadas.
Os micronutrientes mais freqüentemente descritos
como benéficos, nestes estudos, são os carotenóides, a vitamina C e E.
Provavelmente, estes estudos estão demonstrando de
forma indireta que uma dieta variada, balanceada e rica em vegetais é benéfica
e diminui as chances da mulher de desenvolver esse tipo de tumor.
Os
principais fatores de risco para o câncer de colo do útero são:
- Baixo nível sócio-econômico
- Precocidade na primeira relação sexual
- Promiscuidade (múltiplos parceiros)
- Parceiro sexual de risco
- Multiparidade (vários partos)
- Primeira gestação precoce
- Tabagismo
- Radiação prévia
- Infecção por papilomavírus
- Herpes vírusterça-feira, 11 de outubro de 2011
Chá Verde Contra Obesidade
Prevenção
Contra a Obesidade
Hoje, estamos trazendo para vocês, uma matéria
científica que tem na prática,
uma grande procura no dia-a-dia de todos.
Ciência Comprova Benefício do Chá Verde Contra
Obesidade
Estudo realizado na Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (USP/Esalq)
acaba de comprovar que o consumo do chá verde traz
benefícios na luta contra
o excesso de peso e a obesidade.
Na pesquisa, a taxa metabólica de mulheres com
sobrepeso e obesidade
grau 1 foi comparada em períodos pré e pós consumo de chá
verde, aliada ou
não à prática de exercício físico.
O experimento faz parte da pesquisa realizada pelo
Departamento de
Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN), da Esalq, que também
avaliou a
aceitabilidade do chá verde, assim como possíveisreações adversas
causadas pelo seu consumo.
O estudo analisou os efeitos do consumo de chá
verde e da prática ou
não de exercício físico resistido sobre a Taxa Metabólica
de Repouso (TMR)
e a composição corporal em mulheres com Índice de Massa Corporal
(IMC)
entre 25 a 35 kg/m.
Divididas em quatro grupos, as voluntárias
seguiram o protocolo da pesquisa
durante dois meses. O grupo 1 tomou chá verde;
o grupo 2, placebo.
Por outro lado, o terceiro grupo ingeriu o chá e praticou
exercício, enquanto
o quarto tomou placebo, mas não se exercitou.
Resultados
Ao final da pesquisa, verificou-se que o grupo 1
perdeu uma quantidade de
peso bastante significativa para o período de estudo:
cerca de 5,7kg,
com manutenção da massa magra.
Já o grupo 2, que utilizou o placebo, não perdeu
peso e ainda ganhou
massa gorda e diminuiu a massa magra.
O grupo 3, que aliou exercício físico de
resistência ao chá verde, mudou
sua composição corporal, apresentando maior
perda de gordura,
maior ganho de massa muscular, maior aumento de força
muscular e
redução dos níveis de triglicérides superiores aos do grupo 4
(placebo com exercícios físicos de resistência).
O estudo foi realizado por Gabrielle Aparecida
Cardoso, aluna do programa
de pós-graduação de Ciência e Tecnologia dos
Alimentos da Escola Superior
de Agricultura Luiz Queiroz (USP/Esalq), com apoio
da bolsa de mestrado da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (Capes)
e orientação daprofessora Jocelem Mastrodi Salgado, do LAN.
Benefícios
Segundo o estudo, o chá verde é a segunda bebida
mais consumida no mundo e contém grande quantidade de compostos que
proporcionam vários benefícios à saúde. Entre eles, a redução do risco de
doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer, melhoria das funções
fisiológicas, efeito anti-hipertensivo, proteção ultravioleta e aumento da
densidade mineral óssea.