quarta-feira, 21 de novembro de 2012
A
passagem de menina para mulher é marcada pelo início da possibilidade de
engravidar. Nessa fase ocorre a vulgarmente designada menstruação. Em média a
primeira menstruação surge entre os 13 e os 15 anos iniciando a fase fértil da
vida das mulheres.
A
menstruação ocorre uma vez todos os meses, exceto se a mulher engravidar. Caso
não haja gravidez é lançado um óvulo para as trompas de falópio e encaminha-se
para o útero. A menstruação não é nada mais nada menos que uma mistura de óvulo
não fecundado e alguns bocadinhos da parede do útero.
A
menstruação não é nenhuma doença, por isso não faça dela um tabu nem segredo.
É
aconselhável as meninas falarem com as mães quando surge a primeira
menstruação. Assim não fazem disso um bicho de sete cabeças e tem todo o
aconselhamento necessário.
Nos
primeiros ciclos é normal a menstruação não ser regular. Por isso não se
assuste. Há mulheres que podem ter 2 menstruações no mesmo mês e outras que
podem passar 2 meses sem ficarem menstruadas. Em algumas mulheres o fluxo de
sangue dura apenas 2 ou 3 dias, enquanto em outras pode durar toda uma semana.
Convém
a menina aprender a fazer um calendário menstrual, para ter uma melhor
percepção de quando vem a próxima menstruação, assim está precavida e não é
apanhada de surpresa.
Sempre
que se aproxima o período menstrual, convém as mulheres guardar alguns
absorventes na carteira. Em média cada mulher gasta 3 a 4 absorventes por dia,
no entanto também depende do fluxo que cada mulher possui. Há mulheres que
mudam de hora em hora outras que gastam bem menos.
Algumas
meninas preferem o uso de absorventes internos. Não há problema nenhum em usar
esse tipo de absorvente mesmo sendo virgem, uma vez que o hímen tem um orifício
por onde passa o absorvente. No entanto é necessário o colocar com muito
cuidado e atenção, pois pode provocar ligeiros cortes na pele do íman sem
reparar, uma vez que já está sangrando devido à menstruação.
A
grande maioria dos médicos aconselha tomar a pílula contraceptiva. Muitas mães
proíbem as meninas de tomar o contraceptivo pois pensam que já são sexualmente
ativas, mas é uma atitude errada. A pílula ajuda a regular o ciclo menstrual,
tornando-o mais estável, diminui significativamente as dores que antecedem a
menstruação e sim, também evitam a gravidez.
É
conveniente levar a menina ao médico, geralmente ao ginecologista se bem que o
médico de família também pode aconselhar, para acompanhar a menina e indicar a
pílula que mais se adapta à sua filha.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Tabagismo Passivo
O que é?
Define-se
tabagismo passivo como a inalação da fumaça de derivados do tabaco (cigarro,
charuto, cigarrilhas, cachimbo e outros produtores de fumaça) por indivíduos
não-fumantes, que convivem com fumantes em ambientes fechados. A fumaça dos
derivados do tabaco em ambientes fechados é denominada poluição tabagística
ambiental (PTA) e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), torna-se ainda
mais grave em ambientes fechados. O tabagismo passivo é a 3ª maior causa de
morte evitável no mundo, subseqüente ao tabagismo ativo e ao consumo excessivo
de álcool (IARC, 1987; Surgeon General, 1986; Glantz, 1995).
O
ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido
de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça
que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.
A
absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados
com fumantes causa:
1 -
Em adultos não-fumantes:
•
Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de
exposição à fumaça;
•
Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que
os não-fumantes que não se expõem.
2 -
Em crianças:
•
Maior freqüência de resfriados e infecções do ouvido médio;
3 -
Em bebês:
•
Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome
da Morte Súbita Infantil);
• Maior
risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de
fumantes em casa.
Fumantes
passivos também sofrem os efeitos imediatos da poluição tabagística ambiental,
tais como, irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaléia, aumento
de problemas alérgicos, principalmente das vias respiratórias e aumento dos
problemas cardíacos, principalmente elevação da pressão arterial e angina (dor
no peito). Outros efeitos a médio e longo prazo são a redução da capacidade
funcional respiratória (o quanto o pulmão é capaz de exercer a sua função),
aumento do risco de ter aterosclerose e aumento do número de infecções
respiratórias em crianças.
Os
dois componentes principais da poluição tabagística ambiental (PTA) são a
fumaça exalada pelo fumante (corrente primária) e a fumaça que sai da ponta do
cigarro (corrente secundária). Sendo, esta última o principal componente da
PTA, pois em 96% do tempo total da queima dos derivados do tabaco ela é
formada. Porém, algumas substâncias, como nicotina, monóxido de carbono,
amônia, benzeno, nitrosaminas e outros carcinógenos podem ser encontradas em
quantidades mais elevadas. Isto porque não são filtradas e devido ao fato de
que os cigarros queimam em baixa temperatura, tornando a combustão incompleta
(IARC, 1987).
Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).
Em uma análise feita pelo INCA, em 1996, em cinco marcas de cigarros comercializados no Brasil, verificou-se níveis duas 2 vezes maiores de alcatrão, 4,5 vezes maiores de nicotina e 3,7 vezes maiores de monóxido de carbono na fumaça que sai da ponta do cigarro do que na fumaça exalada pelo fumante. Os níveis de amônia na corrente secundária chegaram a ser 791 vezes superior que na corrente primária. A amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco (Ministério da Saúde, 1996).
Avanços
na Atualidade
Tanto
no avanço do conhecimento por parte da população sobre os malefícios do
tabagismo em geral e em especial, da fumaça ambiental do tabaco em locais
fechados como na criação de legislação local que proíbe totalmente o fumo
nestes ambientes, o Brasil, país de dimensões continentais, já apresenta
resultados positivos. Sete estados e 23 municípios brasileiros já entenderam a
importância da adoção de ambientes 100% livres da fumaça do tabaco e aprovaram
legislações próprias, aperfeiçoando a Lei Federal 9.294/96 e implementando
ambientes públicos e privados 100% livres da poluição tabagística ambiental.
Para tal, contaram com o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde além da população, promovendo assim, políticas públicas saudáveis. Com a adoção de medidas desta natureza, estados e municípios contribuem para a elevação da qualidade de vida da população brasileira e para redução dos custos decorrentes das doenças crônicas tabaco-relacionadas que, apesar de altamente evitáveis, hoje sobrecarregam todo o sistema de saúde do país. O número de óbitos anuais (2.655), ocasionados pela exposição ao fumo passivo poderia ser evitado pela prevenção desta exposição. Além disso, o gasto do Sistema Único de Saúde com o tratamento destes não-fumantes que morrem todo ano no Brasil em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo não chegaria a pelo menos R$ 19,15 milhões anuais.
Para tal, contaram com o apoio das secretarias estaduais e municipais de saúde além da população, promovendo assim, políticas públicas saudáveis. Com a adoção de medidas desta natureza, estados e municípios contribuem para a elevação da qualidade de vida da população brasileira e para redução dos custos decorrentes das doenças crônicas tabaco-relacionadas que, apesar de altamente evitáveis, hoje sobrecarregam todo o sistema de saúde do país. O número de óbitos anuais (2.655), ocasionados pela exposição ao fumo passivo poderia ser evitado pela prevenção desta exposição. Além disso, o gasto do Sistema Único de Saúde com o tratamento destes não-fumantes que morrem todo ano no Brasil em conseqüência de doenças provocadas pelo tabagismo passivo não chegaria a pelo menos R$ 19,15 milhões anuais.
Atualmente,
as legislações locais de promoção de ambientes 100% livres de fumo têm sido
questionadas judicialmente, sob o argumento da inconstitucionalidade. Na esfera
federal, observa-se o retardo da votação do Projeto de Lei 315/08 que visa
proibir nacionalmente o ato de fumar em recintos coletivos fechados.
Organizações dos setores de alimentação, hotelaria e entretenimento vêm
realizando um forte lobby junto aos parlamentares federais para que a medida
não seja aprovada. A justificativa é um possível impacto da proibição de fumar
em bares e restaurantes sobre a clientela e o lucro destes estabelecimentos,
que não se verificou em nenhum país, estado ou município que já implementou a
medida.
Excesso de sal pode causar doenças cardiovasculares
Apesar
de ter papel importante no organismo e contribuir para o bom funcionamento do
corpo, o consumo abusivo do sal de cozinha pode trazer problemas à saúde. O
excesso de sódio, principal componente do sal de cozinha, está associado ao
desenvolvimento da hipertensão arterial, de doenças cardiovasculares, renais e
outras, que estão entre as primeiras causas de internações e óbitos no Brasil e
no mundo.
O
sódio é responsável pela regulação da quantidade de líquidos que ficam dentro e
fora das células. Quando há excesso do nutriente no sangue, ocorre uma
alteração no equilíbrio entre esses líquidos. O organismo retém mais água, que
aumenta o volume de líquido, sobrecarregando o coração e os rins, situação que
pode levar à hipertensão. A pressão alta prejudica a flexibilidade das artérias
e ataca os vasos, coração, rins e cérebro. Dados da Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011)
do Ministério da Saúde revelam que 22,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico
de hipertensão.
Por
dentro, os vasos são cobertos por uma fina camada, que é lesionada quando o
sangue circula com pressão elevada. Com isso, eles se endurecem e ficam
estreitos, podendo entupir ou romper com o passar dos anos. O entupimento de um
vaso no coração pode levar a um infarto – 79.297 óbitos em 2010. No cérebro, o
entupimento ou rompimento levam ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido
como derrame – causou 99.159 mortes em 2010. Nos rins, podem ocorrer alterações
na filtração do sangue e até a paralisação dos órgãos. Portanto, evitar a
ingestão excessiva de sal é uma medida simples que pode prevenir contra vários
problemas graves de saúde.
A
recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. O Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) revela, no entanto, que o consumo do brasileiro
está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado. Se o
consumo de sódio for reduzido para a recomendação diária da OMS, os óbitos por
acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto
em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de
medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até
quatro anos.
Opção
saudável – Uma das maneiras mais práticas de diminuir o consumo de sódio é
observar as informações nutricionais no verso das embalagens ao comprar
alimentos industrializados. Se a quantidade for superior a 400 mg em 100 g do
alimento, é considerado um alimento rico no nutriente, sendo prejudicial à
saúde. É recomendável sempre escolher aquele que apresentar menos sódio.
“Além
de reduzir a quantidade de sal no preparo da comida, podemos substituí-lo por
outros condimentos, que inclusive darão melhor sabor. É melhor utilizar ervas
desidratadas e temperos naturais, como salsa, cebolinha, pimenta e outros. O
uso de temperos industrializados também deve ser evitado, pois eles contêm alto
ter de sódio”, recomenda Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição
do Ministério da Saúde.
Para
contribuir com a diminuição do consumo de sódio, o Ministério da Saúde firmou
um acordo com a indústria alimentícia pela redução gradual do teor de sódio em
alimentos processados. Desde 2011, o governo federal fechou três termos de
compromisso para que várias categorias de alimentos sejam produzidas com menos
sódio.
“Esse
acordo incentiva a indústria a oferecer alimentos menos prejudiciais à saúde e
reforça o compromisso do governo federal na promoção de hábitos de vida mais
saudáveis dos brasileiros. Com a iniciativa, o Brasil protagoniza a elaboração
de um modelo que pode virar referência para diversos países”, completa Patrícia
Jaime.
Temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais, macarrões instantâneos, bisnagas e vários outros terão metas para os próximos anos de redução do teor de sódio. Somados os três convênios, a previsão é que até 2020 estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio. O acordo determina acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos alimentos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado.