Alergologista é aliado na luta contra a alergia
O nome não é comum, mas o alergologista é o médico
que trata de todas as alergias existentes. “Sempre que a pessoa suspeitar que
sofre de algum tipo de alergia, deve procurar o especialista, que vai confirmar
o diagnóstico e orientar melhor o tratamento”, destaca o doutor Galvão. Ele
ressalta, no entanto, que os exames só são feitos quando o paciente manifesta o
incômodo. “Não há justificativa médica para realizarmos exames em uma pessoa
que não tem nenhuma queixa clínica. A investigação para o diagnóstico só é
realizada após essa manifestação do paciente”, alerta.
Prevenção
Quando se trata de alergia, algumas atitudes podem
ser tomadas desde os primeiros dias de vida. “Algumas medidas de prevenção
primária são: o aleitamento materno exclusivo até os seis meses; manter o
calendário de vacinação em dia; e procurar o especialista nos primeiros
sintomas”, diz Galvão. Mesmo se a alergia já estiver manifestada, é possível
preveni-la. “Através da detecção de causa vamos orientar o paciente a evitar
novas exposições. No caso das alergias respiratórias, essa prevenção nem sempre
é tão fácil, e por isso deve ser complementada com os medicamentos
preventivos”, completa.
A alergia é um incômodo que afeta milhares de
pessoas todos os anos. No Brasil, de acordo com relatório da Organização
Mundial da Saúde (OMS), 35% da população sofre com algum tipo de alergia, que
também é responsável por 5% de internações no Sistema Único de Saúde (SUS),
segundo informações do Ministério da Saúde. Por isso, em 7 de maio é comemorado
o Dia Nacional de Prevenção da Alergia, com ações de combate ao avanço da
doença.
Segundo Galvão, a alergia não é uma doença que
‘pega’. Ela ocorre apenas nos indivíduos que têm predisposição genética.
“Quando há a predisposição genética, o paciente vai produzir anticorpos contra
substâncias comuns no ambiente, que provocam inflamações no nariz ou nos
pulmões. Essas inflamações vão levar aos sintomas alérgicos”, explica. O
tratamento é feito através do controle do ambiente para diminuir a exposição ao
agente causador da alergia. “Além disso, temos os medicamentos usados em
crises, como os broncodilatadores (para asma) e os anti-histamínicos (para a
rinite), além dos corticoides, usados para o controle. Existe também o
tratamento com a imunoterapia, ou vacina da alergia”, complementa.
Quando a alergia não é tratada, o incômodo é
muito grande. “A principal consequência é o impacto na qualidade de vida do
paciente. Por exemplo, a rinite mal controlada pode levar a alterações
dentárias, distúrbios do sono, entre vários outros problemas”, aponta Galvão. A
principal causa de alergia respiratória vem da própria casa: ácaros da poeira,
pelos de animais, como cães e gatos, restos de insetos, mofo, fungos e polens.
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